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Concurso público é opção para desempregados no Brasil


Diferentes indicadores já apontam uma forte deterioração do mercado de trabalho. O Brasil fechou R$ 1,5 milhão de vagas com carteira assinada, é o pior resultado dos últimos 24 anos. Os setores mais prejudicados foram: construção civil e indústria. Segundo o governo as metas para 2016 são: aumentar o número vagas e melhorar o desempenho da economia brasileira, ampliação da oferta de crédito, melhoria da inflação e obras de infraestrutura oferecida pelo governo, além de outras medidas estudadas.
Uma estratégia de melhoria para os desempregados são os concursos públicos. As oportunidades profissionais estão espalhadas por todas as regiões do país. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); SP Tribunal Regional Federal da 3ª Região; SP - Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, além de prefeituras de todo estado, são algumas das opções.
Jorge Afonso Fabrini, 25 anos, analista contábil, começou a estudar para concurso público em novembro de 2013, após sair do último emprego. “Em julho de 2014 fiz uma prova para o cargo de analista. Pouco tempo depois, fui informado da aprovação. Portanto, estudei durante nove meses, dos quais três foram de estudos intensos e focados em um cargo específico. Depois, continuei estudando até a convocação, que aconteceu somente no ano passado, principalmente em virtude das eleições nacionais.”
O tempo necessário para ingressar no ramo público é bastante variável, porque está associado ao número de horas diárias de estudo, ao conhecimento acumulado e ao nível de concorrência do cargo almejado. O que leva muitos a ingressar em concursos é o perfil, “como tenho perfil mais discreto e analítico, as oportunidades por meio de concurso público frequentemente eram e ainda são mais promissoras. Além disso, no início da carreira, o concurso normalmente propicia melhores salários e condições de trabalho.” Finaliza Fabrini.
Diversas pessoas estão optando para o plano B, ou seja, estudando outros cursos e investindo em novas profissões. Segundo a revista Exame, ela destaca algumas profissões do futuro: Gestor de compliance/riscos/auditoria; Advogado especialista em recuperação judicial; Advogado especializado em contencioso cível empresarial; Advogado tributário; Gestor de M&A; Analistas/Gerentes de crédito e risco; Gestor administrativo/financeiro; Gerentes de recursos humanos, Sistema de Informação; Engenharia Hospitalar; entre outras. Com essas opções as profissões mais valorizadas pode ser uma das referências na hora de escolher um caminho profissional.
Maria José de Oliveira Ribeiro, 55 anos, Diretora de Cartório, aposentada, acredita nos concursos públicos, embora leve um tempo razoável para se concretizar, “não vai atender de imediato a expectativa do candidato, mas é uma ótima opção para aquela que ficou desempregada e não quer uma situação semelhante no futuro.”
A aposentada com experiência na carreira pública trabalhou de 1989 a 2013 no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Antes, teve uma passagem pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por um período de três anos e meio, em um total de mais ou menos, 28 anos. No início da vida profissional, trabalhou em alguns lugares diferentes. Porém, na maioria deles, com grande pressão por resultados. “Na medida em que o tempo foi passando, observei que essa política existente nas empresas, não me fazia bem, não me sentia confortável com aquela pressão diária. Gerava em mim muita angustia, já que quando não atingidos os objetivos da empresa, a demissão era o caminho mais provável. Foi a partir daí, que nasceu em mim a vontade de prestar concurso público, tendo em vista a estabilidade existente.”
Devido ao grande número de desempregados a necessidade de prestar um concurso público também aumenta, mas alguns “concurseiros” esquecem ou não faz uma alta avaliação.  O setor público não oferece o emprego ideal para todas as pessoas, muitas de perfil arrojado e extrovertido reclamam do emprego, porque se sentem aprisionadas, sem oportunidade de demonstrarem toda a criatividade e ousadia inerentes às suas personalidades.
A dica é saber escolher e se preparar, “no serviço público também existe a pressão, mas de uma forma diferente”, relata Maria. Na verdade não existe uma regra especifica para os “concurseiros”, mas alguns fatores são essenciais, “a) ser objetivo, analise honestamente quais competências possui e quais são exigidas para o cargo visado e procure adequar a sua realidade ao cargo que almeja. Para ser mais claro, imagine que haja um caminho que separe a sua situação atual daquela idealizada. Cabe a você checar à distância e o tempo necessário para chegar ao destino e decidir se está disposto a percorrer o trajeto; b) ser comprometido, estar ciente de que o estudo tem de ser levado a sério (não é suficiente ler uma página aqui e outra acolá) e certo de que, como o dia não aumentará o número de horas só por causa da nossa necessidade, será preciso deixar de fazer algo que habitualmente é feito e substituir essas horas de lazer ou trabalho por estudo; c) na hora de estudar, estar focado. Não adianta ficar lendo páginas e mais páginas se não está entendendo o que está sendo lido, muito menos assistindo a aulas pensando na situação engraçada que aconteceu no dia anterior ou no problema que terá que resolver no dia seguinte. Em resumo, a famosa expressão “no pain, no gain” vale para concursos também.” Finaliza Fabrini.


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