Quem não gosta de música, não é mesmo?! O cérebro 'percebe' a música ao ocorrer ativação do córtex auditivo primário (percepção do tom) e da área de associação auditiva (melodia e harmonia). O reconhecimento musical e as emoções geradas a partir dessa experiência ocorrem por meio da ativação da região orbito-frontal e do sistema límbico. Existem distúrbios neurológicos relacionados à música como as alucinações musicais (audição de melodias, harmonias ou ritmos sem o estímulo externo equivalente), a amusia (incapacidade de captar sons musicais) e a epilepsia musicogênia. São distúrbios incomuns e, como recomendação geral, a música faz um bem enorme para a saúde! Se OUVIR música promove ativação de tantas áreas do seu cérebro, FAZER música utilizando instrumentos musicais deixa o seu cérebro verdadeiramente em festa! Dra. Marília Graner Neurologista – HCRP – USP Especialista em Demências e distúrbios do movimento Toxina Botulínica
O que entendemos como espiritualidade é frequentemente denominado na neurologia como "consciência límbica" por termos o conhecimento de que ao estimularmos determinadas regiões do cérebro podemos gerar experiências semelhantes àquelas descritas como "místicas". Em 1983, Howard Gardner, professor na Universidade de Harvard, já defendia a ideia de acrescentarmos nos nossos conceitos científicos uma "nova forma de inteligência" denominada por ele de "inteligência existencial", a qual corresponde à capacidade de pensar em temas abstratos, realizar meta reflexão, ver o mundo a partir de outras perspectivas e adquirir uma ideia sobre o universo e sobre a nossa posição nele! O chamado "cérebro espiritual" é atualmente objeto de estudo de várias pesquisas em neurociência que buscam entender como a espiritualidade impacta na nossa saúde mental, física e emocional. A meditação já é considerada uma prática de alto nível em termos de melho...